20 maio 2014

que pais é esse?


Não preciso nem dizer que as cinco horas eu já tinha me olhado no espelho 50 vezes (eu contei), visto tv, lido meus livros, ouvido os discos, decorado as músicas e tomado uma garrafa de água. Ansiedade fazia isso. As cinco e dez Leo apareceu na frente da minha casa, e eu já estava na porta quando ele estava virando a esquina.

- SE CUIDE ALEX! BOM SHOW! - minha mãe gritava na porta enquanto eu me espremia no banco de trás junto da Sofia, Bia e do Rodrigo.
- FAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALA ALEXIA!
- Você ta bem Jonnah? Te deram alguma coisa pra tomar?
- Estou super bem.

Olhei pra Bia e ele murmurou "animação causa isso". Rodrigo passou o braço nos meus ombros, e eu tinha tido a sorte de pelo menos sentar na janela. Abri ela enquanto a rádio tocava "Que País e Esse?" em todo volume, e nós cantávamos feito doidos. As seis horas já estava escuro e ainda estavamos na estrada, faltando uma meia hora pra chegar. Foi quando as coisas complicaram.

- NÃO NÃO NÃO NÃO! Não pode ser!
- QUE FOI LEO? - gritou Sofia da outra janela traseira
- O CARRO QUE PASSOU! SINAL DE LUZ! TEM A POLICIA LÁ NA FRENTE! E AGORA?
- Só tem um jeito - eu disse e eles olharam pra mim - Rodrigo sai do carro.
- Que? - ele me olhou assustado
- Vai andando até passar a policia! Depois você volta! Da pra ver daqui as luzes do carro! Não é longe. A gente fica parado aqui pra você ter tempo.
- Tu não ta falando sério? Eu não vou andando!

Todo mundo olhou pra ele e ele perguntou por que ele e Jonnah respondeu "Porque sim". Então ele passou por cima de mim e saiu andando. Esperamos vinte minutos e Leo deu partida no carro. Foi questão de dez metros e depois da curva encontramos a viatura. Eu estava tensa, Sofia estava tensa, Bia estava tensa, todo mundo estava tenso. Mas fizemos a melhor cara de despreocupação que conseguimos, e Leo mostrou a carteira de motorista, os documentos, e estava tudo ok. Bia tinha feito ele olhar aqueles documentos 10 vezes pra ter certeza que não daria nada errado. O policial evidentemente estava desconfiado, mas ele não podia falar nada. Então, eu falei "O show vai ser perfeito ne Jonnah?" o alto o bastante pra ele ouvir, e eliminar uma possivel pergunta sobre nosso destino ou coisa do tipo. Ele concordou e começamos a falar das musicas. Leo deu partida novamente no carro e saimos. Rodrigo estava cerca de 50 metros a frente nos esperando com uma cara horrível. Leo parou, e ele entrou me empurrando no meio.

- EU NUNCA MAIS FAÇO ISSO DE NOVO! OUVIRAM? FOI SÓ PELO SHOW!
- SIM SIM OK! Da próxima vez, SE TIVER, eu vou! - gritou o Jonnah do banco da frente. - Agora para de reclamar.
- Eu ODEIO vocês!
- Pode odiar quanto quiser, você continua em um carro com a gente indo pro show da nossa banda favorita. - gritou Leo seguido por nós vibrando quando vimos o local do show.

Tinha uma fila enorme, mas já estava andando. Leo estacionou tipo muito rápido, e todos nós saltamos do carro sem nem se preocupar se alguém estava olhando. Tirei da bolsa meu ingresso e o do Rodrigo, e ele me puxou ainda na fila e me beijou, seguido por um "eu te odeio também". Simplesmente dei risada, e ele também, o que amenizou os fatos. Quando chegou nossa vez entregamos os ingressos e estávamos finalmente ali. Eu quase podia sentir meus olhos brilhando. Ouvi bia murmurando "eu não acredito que estou aqui". Ficamos cerca de uma hora conversando e muita gente ia chegando. Aquele lugar ia mesmo lotar. Agradeci por ter vindo de All Star.

Foi quando começou. O palco se iluminou, eles entraram. Renato conversava com a gente e cantava como nos discos. ERA O MELHOR DIA DA MINHA VIDA! Foi então que tocou a minha música, a nossa música, e eu gritei a plenos pulmões naquela música. E aquele sim foi o melhor dia da minha vida. Eu pulava com os braços pra cima e gritava e todo mundo estava fazendo isso. Todo mundo mesmo. Eu me senti uma no meio de mil, mas principalmente me senti feliz.


Olá pequenos gafanhotos! Esse final foi broxante, mas eu não consegui nada melhor. Me desculpem se ficou uma droga e vocês esperavam mais. Eu também esperava mais. Escrever finais é horrível. Enfim, a fic chegou ao fim. Talvez qualquer dia escreva outra, não sei. Beijos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário